quinta-feira, 30 de julho de 2015

Hoje eu falei pra mim, jurei até, que essa não seria pra você, e agora é.

Gosto de me aninhar nas tuas costas nuas durante a madrugada, pousar minha mão sobre teu peito, beijar teu pescoço e sentir teu calor na minha pele, é uma sensação de proteção. Tenho constantes epifanias sobre como tu é real, de carne e osso, e me ama, o que é mais inacreditável, me sinto tão, mas tão grata ao universo, grata por ele ter nos unido, por nascermos com esse fio invisível que nos liga.

Entrar no teu quarto e dar sorrisos bobos por sentir teu cheiro, a alguns anos atrás nunca imaginaria que fosse tão boba, mas não ligo, nem um pouquinho, vou dar sorrisos ao sentir teu cheiro e ter epifanias malucas e doidas sobre a tua existência, espero que isso não te assuste.

Fico tão ansiosa e completamente cheia de saudades por passar alguns dias sem te ver, fico aguardando o minuto do nosso reencontro, que é acompanhado por um abraço de urso, na meia luz do teu quarto, de abrir um largo sorriso, te encher de beijos, ficar na ponta do pé pra dar um beijo na tua testa. Ah, como eu te amo rapaz!

Sempre me policio por escrever sobre ti ou nós, me pergunto se é certo, me pergunto se sou aspirante a escritora mesmo, se sempre escrevo sobre o amor imenso que emana de mim pra ti e vice e versa. Lembro da música da Clarice Falcão, Monomania, poderia citar vários versos, mas prefiro citar esse: "quem vai comprar esse cd sobre uma pessoa só?" E ai? Quem vai comprar o meu futuro livro sobre uma pessoa só? Mas não te culpo, pois talvez se não fosse tu pra me encher até a boca de euforia, quando vê, nunca teria escrito uma palavra. E as palavras a primeira vez que escrevi, fluíram feito água de cachoeira, tu fazia brotar em mim desde o início do início milhões de sentimentos e emoções, eu queria tanto derrubar o muro de Berlim e acabar com o Apartheid, voar pra ti e aterrizar nos teus braços.

Te amo desde sempre, desde antes de eu saber, os meus sentimentos desde o começo só se intensificaram e ficam cada dia maiores, meu coração abre um imenso sorriso em escrever tudo isso, pois é puro, são sentimentos transcritos puros, não é todo meu amor em palavras, pois eu teria que escrever mais um milhão de páginas, mas tu aflora o melhor de mim, e eu sou grata, muito grata.

Talvez, se um dia as palavras em mim secarem, ou sei lá, eu caia na real que sou uma aspirante a escritora muito melosa e sem talento, e pare de escrever, eu sempre vou ter tudo o que escrevi pra lembrar o quanto tudo isso é bom, o quanto te amar é bom, o quanto brilhar de felicidade por escrever é bom, o quanto é bom ver as palavras fluindo tão leves.

Gabriele Laco.

terça-feira, 14 de julho de 2015

O personagem real e o adeus final ao alter ego

A Gessica morreu, sua missa de sétimo dia já aconteceu, aguardo a de um mês, depois sei que vou esquecer da data e lembrar apenas anualmente, e olhe lá.
Ela era realmente ruim, para as pessoas a minha volta, e especialmente para mim. Não sinto um pingo de saudade dela, mas se disser que ela não era um dos meus alicerces emocionais, isso seria uma grande mentira. Ela se foi e um vazio se instaurou no lugar dela, pois jamais havia ido realmente embora, como agora. Tornou-se um membro amputado, que mesmo após a amputação, permanece o tato e as sensações.
O luto, talvez até inconsciente, está passando aos poucos. Posso afirmar que é ótimo olhar-se no espelho e enxergar-se com todos os defeitos, e especialmente qualidades, sem crer que é presunção pura.
É ótimo amar-se, sentir-se bela, e até mesmo linda, ler o que escrevo com tanto amor e pensar "epa, não é tão ruim assim", (mesmo os erros de ortografia me atormentando), cobrar-se menos e lembrar que tenho apenas 17 anos, ter fé e persistência que um dia chego "lá".
Enfim, é ótimo sair do buraco, da zona de conforto e por medo em meus medos. Sobre a Gessica? Já não sinto raiva, apenas pena, esse tinha que ser o fim dela e nada mais.
Sou deusa de mim mesma, e assumo todos os meus reinos

Gabriele Laco.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Transbordo

Quando atravessou a rua com os olhos brilhando de surpresa e um sorriso bobo de orelha a orelha, fez meu coração transbordar, como um balde cheio d'água. Ta aí, uma ótima definição para o que sinto, ou melhor, o que ele me faz sentir.
Não é o sorriso compreensivo e debochado, os olhos doces e rígidos, o corpo esguio, que me esquenta  por baixo das cobertas, ou as mãos geladas que pousam em minhas coxas. Sim, óbvio que sim, seu corpo é um bálsamo para meus olhos e para meu corpo, me desperta e me sacia, na mesma intensidade. É por mais. Transbordo por muito mais que apenas teu corpo, é uma questão de enxergar além do que está diante dos olhos.
Permito-me ser presunçosa, pois de ti eu conheço, tão bem quanto tu me desmonta e decifra com um olhar. Teu corpo e alma, são morada dos sentimentos bons, tu erradia energias, que me envolvem, aceleram, transbordam. Até tuas palavras de repreensão, soam doces, pois no fundo se ouve uma nota de carinho e preocupação.
Tu me transborda, pega meu balde de água, vulgo coração, e sacode, me inundando dos sentimentos e e emoções bons que possuo. Meu corpo inteiro sorri com a tua presença, sorri tanto que a carranca se desfaz.

Eu me transbordo pra ti!

Gabriele Laco.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

¡Adiós, Gessica!

É isso Gessica! Me liberto, alforria!
Por longos anos você me humilhou, inferiorizou, torturou, aprisionou... Fez isso sem dó e nem um pingo de piedade, usou todo tipo de armas e golpes sujos, mexeu com a parte mais frágil de mim: minha mente.
Será que não pensou sequer um minuto no quanto você me feriu? Não sentiu nem por um momento pena ou sei lá o quê, daquela menina que chorava nas aulas da 1° série? Eu até hoje, até hoje e nenhum dia a mais, chorava com o mesmo pavor e medo da menina de 7 anos da 1° série. Você transformou minha pré-adolescência em um inferno, fez com que me sentisse burra e feia, por causa de coisas medíocres.
Você é um monstro, e me conhece tão bem, a ponto de me manipular todos esses anos, e abafar as coisas boas que existem em mim.
Sim, Gessica, isso é um adeus! Em mim, você não habita mais, nem um segundo a mais, seu alter ego do mal. Sabe aquela música ¡Adiós, Sophia!? Então ¡Adiós, Gessica! Vá para o fundo do Tártaro, aos pedaços, fazer companhia ao Titã Crônos.
Você me engoliu, mas como os filhos de Crônios eu sobrevivi a seu estomago e voltei, mas forte do que nunca, e assumo todos meus reinos, sou deusa de mim mesma.
¡Adiós, adíos, adíos, adíos, adíos, adíos, bitch!

P.S: A música é ¡Adiós, Sophia! do Esteban Tavares, para os interessados.

Gabriele Laco.