terça-feira, 14 de julho de 2015

O personagem real e o adeus final ao alter ego

A Gessica morreu, sua missa de sétimo dia já aconteceu, aguardo a de um mês, depois sei que vou esquecer da data e lembrar apenas anualmente, e olhe lá.
Ela era realmente ruim, para as pessoas a minha volta, e especialmente para mim. Não sinto um pingo de saudade dela, mas se disser que ela não era um dos meus alicerces emocionais, isso seria uma grande mentira. Ela se foi e um vazio se instaurou no lugar dela, pois jamais havia ido realmente embora, como agora. Tornou-se um membro amputado, que mesmo após a amputação, permanece o tato e as sensações.
O luto, talvez até inconsciente, está passando aos poucos. Posso afirmar que é ótimo olhar-se no espelho e enxergar-se com todos os defeitos, e especialmente qualidades, sem crer que é presunção pura.
É ótimo amar-se, sentir-se bela, e até mesmo linda, ler o que escrevo com tanto amor e pensar "epa, não é tão ruim assim", (mesmo os erros de ortografia me atormentando), cobrar-se menos e lembrar que tenho apenas 17 anos, ter fé e persistência que um dia chego "lá".
Enfim, é ótimo sair do buraco, da zona de conforto e por medo em meus medos. Sobre a Gessica? Já não sinto raiva, apenas pena, esse tinha que ser o fim dela e nada mais.
Sou deusa de mim mesma, e assumo todos os meus reinos

Gabriele Laco.
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