segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Uma pequena descoberta sobre o amor

(Foto: Marina Abramović e Ulay)


Aprendi a me jogar no amor, com a crença que algo me seguraria. Nunca soube o que esperar, só fui confiante e mesmo tremendo de medo, eu confiei. Reparti e entreguei meu corpo e ainda mais meu coração, só tentei engolir, a seco mesmo, toda a magoa de decepções anteriores e o medo que tinha de ser traída, e ainda mais de não ser "lida" corretamente, afinal, eu como toda mulher, sou um código e não é qualquer sábio que abre o baú e descobre o tesouro.

O baú foi aberto, e o que brilhou lá dentro nem eu mesmo sabia que existia ou sabia e simplesmente soterrava. Era lindo, na verdade é lindo, radiante e me fez brilhar feito estrela. A partir daí, eu aprendi o que é ser amada e o que é amar, óbvio que tenho amores de sangue na minha vida, mas ser despertada por um completo estranho de sorriso bobo, isso era tão novo, o abraço encaixava, junto com todo o corpo e pensamentos. 

Mas apesar de todo encaixe, somos pessoas diferentes, e amamos de formas diferentes. Por conta disso me magoava, creio que não seja só eu assim, esperava a mesma forma de amor que eu demostrava e demonstro, os mesmos carinhos e afagos. Creio que essa seja uma das causas, entre tantas, dos términos de relacionamento: a inflexibilidade. Não saber navegar por águas diferentes, não saber lidar com algo diferente. Namoro ou qualquer tipo de relacionamento não é um conto de fadas, é uma troca, uma sociedade, é ser feliz em fazer o outro feliz, em cuidar, amar, preocupar-se...

É isso sabe, não sou e nem me sinto idiota por amar e não receber da mesma forma, pois me sinto tão amada que parece uma abraço constante de urso. Sou menina, e o mundo de amar e ser amado é tão novo, mas apesar de toda ingenuidade em um relacionamento a dois, tenho a dizer que a palavra de ordem hoje é: flexibilidade. Sejam flexíveis meus amigos, deixem o orgulho de lado.

Gabriele Laco.
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