(Autor: Humberto Gessinger - Editora: Belas Letras) |
Olá, estou aqui mais uma vez para resenhar outro livro, que eu particularmente considero incrível. Não é novidade que eu sou fã de carteirinha do Gessinger, adoro os projetos, os álbuns, músicas, o Engenheiros e também o cabelo loiro deslumbrante.
Esse livro foi um empréstimo, já tinha lido um outro livro dele antes, chamado Nas Entrelinhas do Horizonte, e achei incrível e com esse não foi diferente. Enfim, vamos ao que interessa.
Queria começar dizendo que o Humberto é um ótimo escritor, tanto quanto músico, os ganchos que ele faz entre os temas e como consegue transformar coisas do cotidiano em um compilado de palavras que nos fazem refletir, é incrível.
"[...] E não adianta forçar a barra para adaptar a realidade às nossas teses, como quem quer encher o copo com mais água do que cabe nele. A elegância de uma explicação não garante sua eficácia. A necessidade de uma explicação não garante sua existência [...]"
Escreve de maneira simples, de modo que o entendimento é certeiro. Gessinger é gaúcho e eu como gaúcha, adoro o sotaque que ele emprega nas crônicas, com alguns "tris", "tchês" e "báhs" e também as inúmeras referências que esse gremista faz ao Rio Grande do Sul.
"[...] Nada me parece ser tão radicalmente definitivo na vida. Ok, ok tens razão: a morte é. Mas a maneira como nos relacionamos com ela, não. São várias as variáveis, sempre. E bastou terminar a frase anterior para que essas variáveis já sejam outras [...]"
O livro é composto por crônicas que abordam diversos temas, uma mistura de presente e passado, histórias pessoais e também relatos sobre algumas coisas da carreira, ele expõe seu ponto de vista com maestria, é muito interessante como ele coloca as coisas, como disse a cima, os ganchos que faz com os assuntos são ótimos.
"[...] A única coisa que podemos fazer com o tempo é escolher o que fazer com ele (cuidado: estaremos também escolhendo o que não fazer!). Mostre-me alguém que reclama não ter tempo pra nada e te mostrarei alguém que pensa ter tempo para tudo. Querer agarrar o mundo com as mãos é a melhor receita para ficar de mãos vazias [...]"
Um livro que fala com o leitor como um diálogo com um amigo, um bate e volta de leitura e pensamento. Com algumas partes cômicas e outras mais sérias, o livro conquista nas primeiras páginas, pois tem citações e reflexões inteligentes.
Contudo, sei que sou suspeita por falar do livro, já que sou fã do autor, mas com o olhar de leitora o livro continua sendo incrível e muito bem inscrito. Aos gaúchos que lerem, não se arrependeram nem um pouco, pelo contrário se sentirão em casa, e aos outros de outras regiões também não, como disse, o livro é muito bem escrito. Um livro nada cansativo e muito prazeroso de ler, uma super dica de leitura.
Espero que tenham gostado do minha resenha/relato de fã, e que eu tenha plantado em vocês as sementinha de curiosidade por esse livro. Até a próxima!
Gabriele Laco.
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