quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

[RESENHA] Misto Quente

 

Titulo: Misto Quente.
Titulo Original: Han On Rye.
Autor: Charles Bukowski
Gênero: Romance, leitura moderna internacional.
Páginas: 320.
Editora: L&PM. 
Sinopse:  O que pode ser pior do que crescer nos Estados Unidos da recessão pós-1929? Ser pobre, de origem alemã, ter muitas espinhas, um pai autoritário beirando a psicopatia, uma mãe passiva e ignorante, nenhuma namorada e, pela frente, apenas a perspectiva de servir de mão-de-obra barata em um mundo cada vez menos propício às pessoas sensíveis e problemáticas. Esta é a história de Henry Chinaski, o protagonista deste romance que é sem dúvida uma das obras mais comoventes e mais lidas de Charles Bukowski (1920-1994).
Verdadeiro romance de formação com toques autobiográficos, Misto-quente (publicado originalmente em 1982) cativa o leitor pela sinceridade e aparente simplicidade com que a história é contada. Estão presentes a ânsia pela dignidade, a busca vã pela verdade e pela liberdade, trabalhadas de tal forma que fazem deste livro um dos melhores romances norte-americanos da segunda metade do século 20. Apesar de ser o quarto romance dos seis que o autor escreveu e de ter sido lançado quando ele já contava mais de sessenta anos, Misto-quente ilumina toda a obra de Bukowski. Pode-se dizer: quem não leu Misto-quente, não leu Bukowski.
Um livro escolhido pela capa e que se tornou uma belíssima surpresa, anteriormente já havia ouvido falar do Bukowski, mas não levava muita fé que era realmente bom, então em uma passada pela livraria não sabia qual livro levar e escolhi esse por intuição mesmo, não me arrependi nem um pouco, minha paixão pelos livros do Bukowski é crescente, já li alguns e é sempre uma leitura muito agradável e nada cansativa.
Misto Quente é um romance-autobiográfico, que conta a história do alter ego de Bukowski, Henry Chinaski que vai da infância até a faculdade.
Inicia contando sobre sua infância  com uma família conturbada, hipócrita e moralista, um pai brutamontes de quem levava surras sem motivos, brigas com os valentões da escola e sonhos de criança.
Na adolescência começa sua admiração por grandes escritores,  gosto por mulheres, que é algo marcante e nada peculiar e tendo que lidar com uma súbita crise de acnes que o deixam com o corpo e rosto marcados, também marcados por  brigas frequentes.
Sua fase adulta é marcada pela Segunda Guerra Mundial, sua vontade de escrever , muitas bebedeiras, brigas e miséria.
Bukowski escreve de uma forma coloquial, sem firula e palavras rebuscadas, com um vocabulario a moda Bukowski, com palavrões e xingamentos muito bem empregados e cômicos, o que  torna uma leitura muito agradável e nada cansativa. Bukowski é um narrador que domina o que escreve e também o leitor, tornando-se impossível abandonar o livro depois de começado. 

Gabriele Laco. 
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